domingo, 12 de outubro de 2014

"Pelo planalto de Santo António" - II (long version)

Costa de Minde /Costa de Mira-(Barreira)
à esquerda, em baixo a Polje de Minde
Conforme previsto voltámos a Alcanena e aos Olhos d`Água –Nascentes do Alviela- para fazer o percurso do Planalto de Santo António em modo inverso e acrescentando mais uma ida à Fórnea e retorno pela Costa de Alvados e Costa do Vale da Canada.

Feito desta forma, o trajeto é bem mais satisfatório uma vez que a parte em trialeira, quando se desce da Barreira no alto da Serra de Santo António, é feita a descer o que torna o percurso mais ciclável.

Acabámos estes quase 59 km com mais de 1.050 metros de acumulado de subidas e com cerca de 80 % do percurso em pedra com a sensação de ainda estarmos a ser "chocalhados".

Durante o percurso fomos “abalroados” por pedras nas canelas, nos sapatos, nos pedais, e – a parte que mais doeu- na parte inferior do eixo pedaleiro onde um qualquer calhau projetado, furou a proteção do autocolante, o verniz e deixou um pequeno lanho no carbono.
Faz parte ,mas doeu. Amuei e por isso, cortei relações com o PNSAC e não volto lá na próxima semana !!!

Aqui fica o percurso devidamente corrigido depois de retirados os "extras" exploratórios que não resultaram.

TRACK GPS: Pelo planalto de Santo António- (long version)


Fórnea - Momento de descanso e reposição de sólidos e líquidos

Fórnea - onde está o Wally!?!

Cabeço da Fórnea (apenas para a foto- não ciclável)

Costa de Alvados

Costa de Alvados

Costa de Alvados

Costa de Alvados-Alto do Patelo

Costa de Alvados-Alto do Patelo

Costa de Alvados-Alto do Patelo

Costa do Vale da Canada

Costa do Vale da Canada

Costa do Vale da Canada


Costa de Minde /Costa de Mira-(Barreira)
à esquerda, em baixo a Polje de Minde


Alto da Serra de Santo António
Covão do Feto

" Pelo planalto de Santo António"-I (short version)



Costa do Vale da Canada (vendo-se a Costa de Alvados e Castelejo)
O planalto de Santo António enquadra a Sul os Olhos de água- nascentes do rio Alviela-, a Serra de Santo António, a Serra de São Bento e as três formas geomorfológicas do Castelejo, a depressão de Alvados e a Fórnea.






Este percurso pretendeu ser uma espécie de short version do que o planalto de Santo António tem para oferecer.

Saímos com temperatura amena das Nascentes do Alviela –Olhos de àgua e percorremos um simpático e plano single track que avança paralelo aoRio Alviela. Junto à Quinta que retira o nome do rio atravessámos para a margem esquerda daquele por uma robusta ponte de lajes.
Fomos paulatinamente subindo até nordeste da vila de Monsanto e depois pelos eucaliptais até à zona do areeiro, descendo ao vale longo
Nesta altura, estando em cota ainda baixa, sabendo que a primeira parte do percurso seria em quase permanente ascensão até aos 571 metros de altitude e como a temperatura já se mostrasse suficientemente “aquecida” foi tempo de retirar a t-shirt interior por forma a arrefer um pouco o corpo.
Fomos assim até ao Covão do Feto e à subida mais inclinada do dia; a subida em alcatrão da rua do cabecinho. Desde aqui fomos deambulando por entre os caminhos rodeados dos muros e muretes, campos que as populações locais designam por chousas e servem de cerca para o gado. 

Já na Serra de Santo António, pedalámos pela zona de Vale da Picolheira, Esteveirinha, Sobreira Aparício, Penedo Covo, e passando a estrada nacional alcandorámo-mos por trilhos muito técnico até aos Crutos, Alto dos Crutos, e o marco geodésico da Barreira aos 515 metros de altitude.
Fomos pedalando em planalto pela Costa de Minde e pela adjacente Costa de Mira.
A paisagem aqui é fabulosa e extensa e deixa ver lá bem em baixo as Localidades de Minde e Mira de Aire.
Descemos então até á zona do covão do passarinho e de aí a nada entrámos na zona da Costa do Vale da Canada por onde seguimos entre um trilho algo técnico entre muros, pejado de pedra e laje e ilustrado pela Costa de Alvados à nossa frente, o Castelejo à nossa direita e o Vale da Canada lá em baixo. Foi um momento paisagísticamente marcante e que nos deixou no alto do patelo.
A partir de aqui, o ritmo pode então subir porque descemos em estradão rápido até à Curraleira.
Entrámos de novo em zona entre muros e muretes e por trilhos técnicos, mais ou penos apertados e emparedados pelos muros e, desta forma, fomos invariavelmente, passando por Pia do LoboChousas de Baixo observando aqui a forma peculiar e engenhosa de armazenar a água que brota da nascente.
Continuámos por Casal de Baixo, Pia Carneira, Vale Florido, Carvalheiro e Caminho de Baixo.
Aflorámos a alto ritmo a Serra do Cheirinho e a zona da pedreira do Algar do Barrão e já na parte sudeste de Monsanto continuámos sempre em descensão até aos Olhos de água onde terminámos com quase 50 quilómetros perfazidos e 750 metros de acumulado de subidas.

Foi um excelente percurso mas acaba-se com a sensação que este ficará melhor se for feito em sentido inverso e será isso que faremos já na próxima incursão à serra.

Track GPS-"pelo planalto de Santo António"I(short version)



Ponte de lajes atravessando o Alviela

Ponte de lajes atravessando o Alviela

Covão do Sabugueiro-vale da picolheira




Chousas de Baixo

perto de Pia Carneira

Olhos de Àgua- (nascentes do Rio Alviela)

Sobreira Aparício

de Alcobertas à Fórnea

Cabeço da Fórnea
A ideia era tentar fazer um best of das nossas duas anteriores idas à serra, incorporando para isso os trilhos da Serra da Lua, da Fórnea, da Costa de Alvados e o single track dos Casais Monizes.

Saímos de Alcobertas pelas 10 h ,com 8.º C positivos, um céu limpo e sem qualquer vento, a “coisa” prometia assim um excelente dia de BTT, meteorologicamente falando.
Olhando para os diversos pontos cardeais sabíamos que, para onde quer que nos dirigíssemos, teria de ser em ascensão. 
Direcionámo-nos assim para o vale do barco entre os cabeços da cabroeira e o da lomba larga acompanhados um pouco por uma antiga pedreira já completamente desativada.
Foi uma ascensão acentuada que nos deixou quase nos Casais Monizes
De aqui iniciámos um caminho por entre os muros em pedra e laje que ladeiam os terrenos agrícolas, assim como também servem como cercado de gado. Nesta zona que os antigos conhecem como covão do sapo encontrámos um single track extremamente técnico que só pode ser feito desmontado e com a bicicleta ás costas- ou ao ombro-.
Entrámos um pouco no alcatrão e pouco depois da zona da portela das salgueiras iniciámos a terrível ascensão pela vertente sudeste da Serra da Lua. Esta subida não é só difícil pela inclinação que pode chegar aos 20%, como o piso composto de gravilha e socalcos impede uma progressão homogénea. Conseguimos alcandorar-nos aos mais de 500 metros de altitude sem desmontarmos. Uma questão de sorte em acertar com o percurso correto por forma a que não se perca a tração e colocar o peso na roda da frente dispondo o nosso “traseiro” na ponta do selim. 
Depois de regularizarmos as pulsações que haviam chegado ao “red line”, deambulámos pela serra da lua e pela sua paisagem…lunar, onde se pode observar muita pedra disposto nos trilhos. Pouco depois do lançamento da asa delta iniciámos a descida da serra e depois por alcatrão até à Lagoa Grande.
O alcatrão foi o nosso piso de eleição e seguindo por ele passámos por Alqueidão do Arrimal e fomos subindo até Vale de Espinho, Portela de Vale do Espinho e Vale da Portela. 
Na Bezerra fomos perdendo alguma da altitude ganha e em Vale Figueirinhas quase fizemos “reset” ao descermos por um belo- embora curto-single track que nos deixou no vale da fonte.

Olhando à nossa volta só víamos de novo cerros e cabeços para subir. E assim lá iniciámos, por um caminho de pedra e gravilha a penosa ascensão ao Serro Ventoso e de aqui continuando até ao cabeço vedeiro , passando de raspão pela pedreira que ali se encontra e depois, já pelo plano e também descendo pouco, por um estradão larguíssimo que serve os camiões da pedreira fomos pedalando até ao alto do carvalho onde parámos para observar os moínhos desativados.
Saímos de aqui a descer até à localidade de Cabeço da Fórnea e depois por entre muros trilhos de laje e pedra até ao local que dá o nome à localidade.
Primeiro descanso do dia, tempo para fotografar, absorver a beleza adjacente e abastecer o organismo com calorias.
A pérola deste percurso aproximava-se.
Depois de serpentearmos pela Atalaia, por entre os estreitos caminhos rodeados pelos muros erigidos com a pedra autóctone chegámos à Costa de Alvados
Entrámos no single track sobranceiro à vertente e que paulatinamente vai subindo até quase aos 550 metros de altitude. Fabuloso trilho com panorâmica a condizer e um silêncio reverente a condizer.

Há poucos locais no BTT que me tenham dado tanto prazer percorrer como estes, pouco mais de 4 quilómetros, que acompanham toda a Costa de Alvados.

Saídos de aqui, seguimos por alcatrão passando por Covão do SabugueiroSão Bento, para no Casal das Correias entrarmos num trilho bastante técnico que nos deixou em Azelha.
Deambulámos pelos caminhos pedregosos e trialeiros que rodeiam o Covão Alto e pedalámos pela vertente Oeste da Serra de São Bento com magnífica panorâmica para o Vale de Chão de Mendiga.
Passámos curto cabeço e já na zona de fontaínhas descemos em high speed pelo estradão que nos deixou em Mendiga. Novamente o alcatrão atéBemposta e na lagoa pequena do Arrimal deixámos aquele terreno entrarmos num belo caminho sombrerado que acompanha a escondida ribeira do arrimal.

A última grande subida do dia avizinhava-se; a ascensão à pedreira da portela das salgueiras
Cumprida que foi esta ascensão fomos deambulando pelos prazerosos e vegetativamente profusos caminhos que, mais uma vez nos levam ao covão do sapo nos Casais Monizes.
Aproximava-se a parte final deste saboroso bolo de pedra e fomos à procura da cereja no topo daquele; o single track de Vale Galego entre os Casais Monizes e Outeiro fez-nos esquecer do cansaço acumulado e terminámos em Alcobertas com 61 km cumpridos, 1480 de acumulado de subidas, mais de 5.000 Quilocalorias perdidas , 6 horas de divertimento “sofrido”.

Excelente jornada de BTT

Os dados de altimetria dizem que:
Fomos dos 117 Metros até aos 541 Metros 
Total subidas: 1,787 Metros
Total descidas: 1,792 Metros

Quem diria, pareceu-me que neste percurso passei muito mais tempo a subir do que a descer !!! I wonder why ??

O track para o percurso:
de Alcobertas à Fórnea


Casais Monizes-covão do sapo

Casais Monizes-covão do sapo

Serra da Lua
Serra da Lua
Serra da Lua



moínhos do alto do Carvalho

moínhos do alto do Carvalho


Cabeço da Fórnea


Costa de Alvados

Costa de Alvados

Costa de Alvados





sábado, 11 de outubro de 2014

Porto de Mós “ por entre cabeços e vales de pedra”

Dia 12 de Junho de 2011 lá saímos nós para mais uma incursão no reino da pedra:
O percurso começou em Porto de Mós de onde saímos por alcatrão para habituarmos as pernas à primeira ascensão do percurso até Serro Ventoso, e mais à frente Lugar da Fonte e Cabeço das Pias.

Cabeço da Fórnea
Aos 12 km, depois de termos vagueado no meio de murinhos e muretes chegámos ao Cabeço da Fórnea onde nos deparámos com a enorme cratera de estrutura cónica, a lembrar um gigantesco funil. Entrámos depois na primeira emoção do dia quando pedalámos no trilho sobranceiro ao precipício da Fórnea.
Esta é uma construção geológica espectacular, única no país, um magnífico anfiteatro natural com cerca de 500 metros de diâmetro e 250 metros de altura onde brota a ribeira da Fórnea e onde se pode visitar (lá em baixo) a gruta da Cova da Velha.

Depois de ingeridos os primeiros suplementos energéticos enquanto se contemplava a assombrosa vista, Saímos em direcção à primeira verdadeira descida do dia; aos 13 km a descida da Barroca, também conhecida pela descida do Downhill. O epíteto diz tudo !!
Chegados lá baixo e refeitos, das emoções, nada como mais um furo (o terceiro até aí).
Reparado o mesmo lá fomos rolando pelo vale de Lagoeira ou Vale da Canada em direcção à subida da serpente assim chamada devida a ser composta de constantes curvas e contracurvas deslizantes e traiçoeiras. 
Passado este sofrimento agravado pelo calor que já apertava chegámos às instalações do clube desportivo de São Bento que nos pareceu um oásis naquela situação.
Saídos dali em direcção a Covão do Sabugueiro pedalámos então pelo pedregoso planalto, onde os caminhos ladeados de muros de pedra branca são frequentes, conferindo a este local paisagens únicas, mostrando muitos sítios outrora trabalhados pela mão do Homem. Estes muros de pedra solta delimitam agora áreas de pastagem com características marcadamente serranas e já não agrícolas. 
Pouco depois de um single track onde flora “aguçada” nos foi deixando marcas nas pernas chegámos ao caminho que contorna a encosta e nos deixa ver uma fabulosa vista sobre o vale de Mendiga para onde descemos a velocidade moderada.
Seguiu-se a Lagoa do Arrabal e a interminável subida em alcatrão até Portela de Vale de Espinho (a prova de que os vales podem existir nos cabeços) e pouco depois Bezerra aos 40 km.

Um Pouco mais à frente, no lugar de Vale Figueirinhas aos 42 km , retornámos aos anos 30 do século passado e pedalámos naquela que foi uma parte da Linha Mineira do Lena e situada na vertente oriental da Serra da Pevide, com uma vista fabulosa e desafogada sobre o vale do rio Lena.
Percorremos por aqui cerca de 7km, alternando os troços entre trincheiras e aterro, sendo perceptíveis os taludes em pedra que suportam a plataforma da linha que percorremos e onde, na sua parte final, atravessamos dois túneis, passando então para a outra vertente da serra (lado do mar), podendo avistar a EN1, Alcobaça e Nazaré.

Saímos do troço da antiga linha para nos “desenfiarmos” por um single track inclinado e algo escorregadio mas que feito com cuidado e concentração acabou por nos dar a sensação da cereja no topo do bolo” .

Terminámos pouco depois em Porto de Mós com 52 km contabilizados e 1273 metros de acumulado de subidas.
Ainda teríamos feito mais uns quilómetros, para a próxima aumentamos a quilometragem e as subidas.

Este é o track actualizado e corrigido (retirada a subida da serpente):
"por entre cabeços e vales de pedra"


Percalços

Cabeço da Fórnea

Cabeço da Fórnea

Patelo





Corredoura

Corredoura

Corredoura

túneis da Corredoura